Paris sur moi 2

Acordei meia morta, mal me aguentava, mas nem tudo era mau porque desta não havia dor de cabeça. Apenas novamente manchas sinistras nas sapatilhas. É o que dá conhecer o Foyer e as misturas-Racks-boissons - Muita canela ou pouca canela? A maçã com casca ou sem casca? - Tenho que acabar com esta mania de andar sempre de All Star brancas que qualquer coisinha e ficam logo com ar de maior porcaria.
Foi o dia de ir à Île de la Cité ver a Notre Dame (aquela coisa de pedra mesmo alta com um sino e gárgulas que é onde mora o corcunda, aquele que está apaixonado pela Esmeralda). Acabou por se revelar uma não muito boa ideia porque aparentemente era o Domingo de ramos, ou seja, tudo o que era gente e mexia decidiu ir à Notre Dame dar o arzinho da sua graça.
- Isto é fila? Oh, não pode ser. Nunca vi fila para entrar aqui.
- Eu acho que é. Oh p'ra eles todos em bichinha pirilau.
- É porque são pamonhas. Passa aí Tinkas.
O Sena estava feio. Ela diz que estava revoltado. Eu acho que estava assim com ar de esgoto que foi metido numa batedeira. Mesmo assim decidimos fazer a pé o caminho ao lado do Sena, da Notre Dame à Torre Eiffel (assim qualquer coisa como Porto Algarve a pé).
A meio do caminho estava ainda mais meia morta e cheia de sede. A meio do caminho doia-me tudo. A meio do caminho entrámos na Shakespeare (ver os filmes Antes do amanhecer e Depois do amanhecer). A meio do caminho continuámos a outra metade.
No fim do caminho lá chegámos à miss, que não é miss nenhuma, é mesmo uma gaja de pernas abertas com um túnel de vento no meio. Isto é verídico e não é para rir porque eu fiquei toda descabelada e enregelada e até me ria dos artistas que se dignavam a tentar subir. Fica para outra noite quando lá for jantar.
Terminámos o dia no cinema e só porque a Tinkas decidiu visitar Paris o preço dos bilhetes desceu de 9€ (roubar lá fora!) para 3,50€. Clap clap clap, cá palminhas para os franceses que até têm belas ideias.