Paris sur moi 3

Finalmente percebi o Médico, também referenciado anteriormente como um pseudo-apaixonado por tudo.
Em Paris apaixono-me por Paris. Pelas ruas que têm história e personalidade. Pelos cafés, brasseries e créperies que inundam a cidade com um aroma quente e doce. Em Paris apaixono-me pelas pessoas. Todas diferentes mas que deixam sair antes de entrar, seguram na porta e dizem sempre mérci e bonjour.
Em Paris apaixonei-me pelo Pompas, apesar de só o ter visto de fora. Em Paris apaixonei-me pelo chocolate quente do Starbucks (esse mesmo, do Diabo veste Prada e todos esses filmes pipis).
Em Paris apaixonei-me pela lei que obriga todos os passageiros do metro a lerem um livro enquanto se movimentam nos túneis sub-Paris. Para quem acreditou (que eu sei que há quem tenha acreditado quando eu disse esta piada sem piada) não existe lei nenhuma. Mas a verdade é que toda a gente anda com um livro que está aberto enquanto esperam pelo metro seguinte e continua aberto quando se alapam no metro. Até o artista com mais aspecto de gandim-avec-meia-branca-e-sapatilhinha-da-Nique saca o livro do bolso e cultiva-se. Clap Clap cá palminhas para eles.
Em Paris apaixonei-me pelos espanhóis (óbvio!) que armam a jiga na fila do P'tit Grek.
Em Paris apaixonei-me pelos 2 franceses que foram toda a viagem sentados à nossa frente coladíssimos e só mesmo no finzinho perguntaram Qu' est ce que tu parle?
Em Paris apaixonei-me pelo francês que ficou à espera que eu entrasse, guardou-me um lugar, acordou-me quando chueguei à Gare du Nord e ficou à espera que eu saísse.
Em Paris apaixonei-me por todos os franceses que andam de sobretudo preto (conhecido para os amigos como sobretudo Mourinho) e cachecol.

Em Paris ando apaixonada. Daqui a nada até sinto borboletas na barriga e tudo.