Troquei os horários, passei o dia a correr nuns saltos de 10cm e apesar de achar que não ia chegar a tempo... Ele estava lá, com os caracóis despenteados das brincadeiras com os amigos e com um cavalo de madeira na mão. Mesmo antes de entrar no palco virou-se para trás, viu-me (espero que tenha sido a mim), mandou-me beijinhos e um grito de guerra:
V.: Tinkaaaaaaaaaaaaaaas!
Quando desceu do palco veio a correr e atirou-me ao chão para dentro de uma das balizas (há que dar o desconto de eu estar de costas e não ter visto o torpedo direccionado a mim):
V.: Gostaste da minha Festa das Letras? A formiga rabiga era a maior não era? Sabes que aquele cavalo não era o meu? Trocaram com o da M., mas não me importo.
Tinkas: S-sim...
V.: Mas eu já sabia ler antes. A festa não devia ter sido só agora. Ah, os meus colegas alguns ainda lê-em a-ss-im e vão com o dedo por baixo.
Qualquer dia é vê-lo trajado.
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