Outro que é avariado do andar de cima

Aturar Fernando Pessoa cujo não batia bem da cachimónia eles ainda aguentavam num tempo em que os valores culturais se sobrepunham às vontades pessoais mas esta que aqui está sou eu que pergunto, Serei eu a única a achar que o anormal do gajo com nome de planta comestível da família das crucíferas e que mora na ilha de Lanzarote não sabe mesmo escrever, tornou o outro, A verdade, é que dizem que isso lhe valeu o prémio sueco, coitadinho, já não tem mais que morar em águas furtadas, Morar em águas furtadas, eram essas alquiladas, Isso já não faço eu ideia mas fizesse ele melhor em acabar o Secundário e tirar um cursinho superior e talvez não fizesse esta figura de urso cujo lhe fica muito mal.

E fantasticamente fantástico este meu parágrafo que por si só me vale o próximo Nobel, directamente da Suécia aqui para o Tuguistão, porque também eu sei escrever só com vírgulas e sem travessões, usar cujo em vez de que, atirar com palavras espanholas ali para o meio (vá lá que ao menos eu sei o significado delas e não faço figuras tristes a dizer Quem me deu mi primer livro foi mi madre) e sei mudar o narrador de heterodiegético para homodiegético. E ainda sei modificar provérbios: Quem vai à guerra no meio dos lençóis, dá e leva no meio das pernas (e o mesmo é válido para Mais vale uma galinha debaixo dos lençóis, do que duas no meio das pernas, ou ainda A cavalo dado debaixo dos lençóis, não se olha o dente no meio das pernas... e por aí continua). Pelo menos é bem mais interessante que Quem vai à guerra empadas leva, aqui do nosso amigo com nome de couve.

E se alguém se lembrar de meter isto no exame de dia 18 a ETA vai ter uma trágica acção terrorista na ilha de Lanzarote.

Ooohhhhmmmm, sou uma pessoa tão calma e serena, não sou?