Sentada no parapeito, tentava, em vão, conhecer a noite que escurecia a cidade. A chuva pesada escorria e arrastava as estrelas, criando uma mancha clara e difusa.
Apagou a luz, deitou-se. No silêncio, agarrou um sonho e com ele moldou-o, sem medos nem preocupações.
Escondeu a cara no pescoço dele e deixou-se envolver pela escuridão que a recebia. E, lentamente, com o embalo da respiração dele nos cabelos, as imagens formaram um turbilhão suspenso no tempo.
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